Era uma vez um pequeno Verso,
Que não escrevia um conto qualquer,
Nem lembrava uma ode sequer,
Como almejava o pobre poeta.
O verso desenhado em cada página,
Buscava encontrar um só segredo,
Que desvendasse seus amores e medos,
Sem nunca, nunca, deixar de sonhar.
Triste era o pequenino Verso
Que nem no dicionário mais diverso,
Encontrou palavras para poder versar,
Esqueceu-se dos poemas, jogou-se no mar...
Grandes mares de infinitos encantos,
O Verso escutava apenas os cantos,
Das sereias que colocavam-se a cantar,
Os segredos mais profundos,
Das profundezas do mar...
Das profundezas do mar...
De segredos em segredos a saltar,
O Verso encontrou aquilo que buscava,
Era a Música, sua amada,
Que sozinha cantava
O que Verso achava ser um grande segredo...
Cantava ela e ele escrevia,
Para que suas linhas virassem estrofes,
E suas estrofes virassem poesia :
“São tantos diferentes sons,
De incompreensíveis e belos tons,
Que trouxera-me até ela ...
Como melodia, criatura mais bela...
Saudade de nunca mais esquecer...”
E feliz foi o Verso,
Enquanto o mar engolia,
O que restava de sua tinta,
E ele desapareceu...
Deixou sua amada, tão bela intocada...
Cantar pelos Oceanos, sua última canção
“Como melodia, canção mais bela...
Versos não seriam poesia sem ela...”
4 comentários:
Demorou bastante para uma nova poesia, mas quando a fez... Ótimo Kuo, parabéns, como sempre, impecável.
\o/
vc escreve muito bem....kem sabe um dia nao escrevemos um livro juntos... rsrsrs parabensss...
ta lindo, muito romântico seu momento!
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