quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Servo


Alexandre Ferreira


Tirei meu nome do mundo
Joguei-o num precipício profundo.
Não quero que leiam minha biografia,
Que relembrem uma fotografia.



Quero o abismo materno,
De abraço eterno
E escuridão total.
Quero o mal
E de tudo o que nele reside
Quero o Final.



Agora que se foi,
Meu nome já não tenho.
Sou eu e não menos,
O Final e não menos.

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