segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Não quero escrever seu nome ...



Seu olhar tão fixo naquilo que vê, não é do jeito especial que eu olhava você. E seus olhos tão lindos que o oceano invejava, agora não passam de um elogio clichê. As asas em contorno nos seus ombros que existia, não brilha hoje como brilhava naqueles dias. E sua voz tão terna onde eu me escondia nos dias frios, não passa agora de um imenso vazio. Seus gestos que eu pintava em poesia, são só manias bobas e eu nunca percebia. Seu sorriso tão doce e seus beijos proibidos, já não me fazem nenhum sentido.

Seu perfume não me lembra mais um jardim de flores, meus ciúmes afogaram-se, já, em outros amores. Só queria, e penso, que na esquina das nossas vidas, a diferença que realmente faria:  se eu tivesse abraçado mais seus dilemas.Se eu tivesse vivido todos os seus problemas. E se nossos carinhos fossem beijos e abraços? E se eu pudesse ter  seu calor em meus braços? E se o véu tão lindo você tivesse vestido por mim? Será que seu olhar seria esse assim?

Ou será que seu sorriso seria diferente? Ou será que ainda haveria algo entre a gente? Ou será que você ainda perceberia? Que eu nunca deveria ter deixado você partir naquele dia ...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A estrada...




A estrada corre,
Pra além do horizonte,
Além das linhas,
Ou as rimas minhas.

A estrada corre,
Pra onde tem que ser,
Pra frente sem ceder
Não para de correr.

Corre sem parar,
Continua sem pensar.
Pensa movimentando,
O mundo nunca tá parando.

Não deixa de sonhar,
Tenta acreditar,
Guarda um tempo
E olha pro mar.

O mar tá correndo,
O sol tá nascendo.
O dia tá crescendo
Todo tempo, a cada momento.

Toda hora é hora de sonhar,
É hora de  acreditar.
Acreditar a todo instante,
Ser mais confiante.

O mundo nunca para,
Essa é a meta.
Minhas linhas também não,
Quero ser poeta.

Enquanto o mundo girar,
Os versos não vão acabar,
São palavras o dia inteiro
Um sentimento ou devaneio.

São expressões,
Escritas sem pensar,
São vozes que não querem calar.

São rimas, são versos.
São estrofes e linhas.
São dores e alegrias
São páginas minhas.

A estrada nunca para não,
Feito o movimento da mão.
O balanço da pena,
A tinta no papel,

Feito verso construindo,
O horizonte no céu.

A poesia, ela nunca para,
A estrada, ela nunca acaba.
A estrada é poesia,
A poesia é estrada.
A poesia nunca acaba.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Mãe




A dor do mundo inteiro,
Não cabe no meu peito
Não cabe nesse meio
Não cabe mais.

É dor demais,
Pra pouco coração
É medo, dor, saudade
É aflição.

É estar sempre sozinho,
A partir de agora
Sozinho pra sempre
Desde essa hora.

E nossas lutas, nossas memórias?
E nossas conquistas e vitórias?
E todas as coisas que fizemos juntos?
Com quem vou conversar?

Agora, quem eu vou amar?

Cadê você, pra me entender?
Cadê você pra me ensinar a viver?
Cadê o seu jeito pra ser meu exemplo?
Cadê você nesse momento?

Cadê você agora?
Como vou enfrentar o mundo lá fora?
Sem o seu abraço, é só solidão.
Sem sua voz pra me guiar na imensidão.

Na multidão, agora estou sozinho?
Por favor, não vá embora.
Não vá embora.
Não agora.

Ainda tem muito tempo,
Pra a gente viver.
Tem muito pra você ver.
Tenho tanto a crescer.

Tenho tanto a oferecer.
Ainda tenho muito pra poder te dar.
Orgulho, conquistas, uma vista pro mar.
Um abraço, um beijo, uma memória.

Se você for agora o que eu vou fazer?
Sem amor pra continuar a viver...
Sem você, eu não sei ser eu...
Sem você, eu não sou nada.